O Grupo Gestor Estadual do Plano ABC+ MT, realizou na manhã de hoje, a 4ª Reunião Extraordinária para definir as metas dos sistemas produtivos de florestas plantadas e integração lavoura, pecuária e floresta (ILPF).
Durante a reunião a AREFLORESTA e o IMEA apresentaram dados e informações sobre o setor produtivo de florestas plantadas e ILPF, além da estimativa da produção e demanda até 2030.
Segundo o Analista do IMEA Miqueias Michetti, existe uma grande oportunidade para expansão da produção em virtude da crescente demanda da agroindústria, principalmente por biomassa de origem sustentável. Miqueias acrescenta que os maiores gargalos são linha de crédito e uma legislação adequada.
De acordo com o Secretário-Geral da AREFLORESTA-MT Fausto Takizawa, Mato Grosso possui potencial produtivo e mercado, mas ressalta a necessidade de fomento financeiro, como por exemplo, o fundo de investimento privado da empresa Lacan Florestal, e o plano de fomento florestal da FS Bioenergia.
Neste contexto, Osvaldo Fioravante representando o SICREDI relata a dificuldade dos produtores para obter crédito junto as agências financeiras, pois a atividade de reflorestamento é considerada de risco, necessita de alto investimento, e prevê receita no último ano de produção (corte final) na maioria dos casos. A solução seria obter o crédito pelo ABC com a capitalização dos juros ao longo dos anos, pois há recurso disponível, mas a demanda está represada, concluiu o representante do Sicredi.
Para atingir a meta nacional até 2030, Mato Grosso precisará ampliar a área plantada de florestas de 280 mil ha para 560 mil ha, e 1,31 milhões de ha no sistema ILPF, afirmou Miqueias.
Segundo a Superintendente de Agronegócios da SEDEC Linacis Silva, com a definição das metas o próximo passo será planejar as ações estratégicas e programas para implementação do Plano Estadual, que deverá ser revisado a cada dois anos com objetivo de verificar o atingimento.