A Arefloresta

REFLORESTAMENTO

Em síntese, O Brasil pode ampliar sua área de florestas plantadas dos atuais 7 milhões de ha (eucalipto, pinus e outras espécies plantadas) para cerca de 15 a 16 milhões, em 10 anos, o que demandaria investimentos da ordem de R$ 40 bilhões (ou aproximadamente US$ 20 bilhões) e geraria cerca de 200 mil empregos no meio rural. Em paralelo, será necessário o desenvolvimento dos diversos segmentos da indústria consumidora de madeira (toras industriais e madeira serrada, painéis de madeira, celulose e papel e bioenergia da madeira), o que poderia representar investimentos da ordem de US$ 80 bilhões, até 2020, e a geração de estimados mais 800.000 empregos, nos meios urbano e rural, naquele horizonte de tempo. Além disso, os produtos de origem florestal podem triplicar sua contribuição atual para a pauta de exportação, saltando dos atuais cerca de US$ 7 bilhões (3,2% do comércio mundial), para algo em torno de US$ 20 a 25 bilhões (aproximadamente 10% do comércio mundial atual) (Fonte: Política Nacional de Florestas Plantadas).

O potencial de contribuição das florestas plantadas para o desenvolvimento social e econômico do Brasil pode ser apreciado pelo fato de que a área dedicada à silvicultura intensiva ainda é de apenas 0,7 % do território nacional. No Estado de Mato Grosso, a silvicultura intensiva encontra-se em sua fase inicial, ainda com uma base florestal plantada incipiente, cobrindo menos de 0,2 % do território estadual. Diversas espécies, incluindo muitas nativas, vêm sendo plantadas em escala exploratória. Apesar da extensão limitada a, no máximo, algumas centenas de hectares, esses plantios poderão fornecer importantes informações quanto à viabilidade para plantios comerciais em maior escala no futuro. O desempenho desses povoamentos pode fornecer uma indicação do potencial das espécies e dos tipos de material genético testado (procedências, progênies, clones), como também dos ambientes mais propícios para o seu cultivo (Fonte: Diagnóstico de Plantações Florestais no Mato Grosso).

As florestas nativas ainda são exploradas como fonte de madeira para a geração de uma parte substancial da madeira serrada e carvão vegetal, que constituem importantes componentes da economia florestal. Porém, em decorrência de vários fatores como a redução dos remanescentes naturais, as restrições ambientais para a sua exploração e os avanços tecnológicos nos aspectos silviculturais e industriais, vem aumentando a participação da madeira oriunda de plantios com espécies de rápido crescimento nas diversas aplicações antes atendidas exclusivamente com madeira de espécies nativas. O segmento industrial de celulose e papel, que gera produtos responsáveis por quase metade das exportações do setor florestal, já é abastecido exclusivamente com matéria-prima oriunda de florestas plantadas (Fonte: Diagnóstico de Plantações Florestais no Mato Grosso).

As estimativas atuais apontam que atualmente são 60 mil ha de teca plantada no estado, crescimento entre 2007 até 2010 de 20% e para o eucalipto estima-se pouco mais de 100 mil ha de área plantada, crescimento entre 2007 a 2010 de 163%. Para a seringueira acredita-se que a área se mantém estável ou com leve redução dos anteriores 45 mil ha de 2007. O pau-de-balsa já começa a apontar nas estatísticas de área plantada de forma significativa com algo em torno de 3 mil ha. Informações importantes para investimentos em negócios florestais ainda são imprecisos e dispersos e necessita retratar a evolução que vem acontecendo no estado, portanto é de extrema importância a atualização do Diagnóstico Florestal do estado de Mato Grosso como subsídio para o fortalecimento do negócio florestal.

A teca no Mato Grosso: Mato Grosso é o estado com maior área plantada de teca e tem se destacado pela produção dessa madeira nobre e a tecnologia da silvicultura desta espécie. Estima-se que algo em torno de 40 % dos 60 mil ha de teca esteja com idade superior a 10 anos. O desbaste de uma floresta de teca a partir desta idade, quando bem manejada e plantada em condições adequadas, gera toras para a serraria produzindo blocos, tábuas, sarrafos, painéis etc com finalidades de aplicação para móveis, pisos, portas, etc.. Entretanto a teca jovem, em nível nacional, é pouco conhecida pelo mercado consumidor; também necessita maiores estudos para desenvolver tecnologia para o processamento eficiente de toras de teca jovem e aplicação de sua madeira. A madeira de teca jovem necessita de maior divulgação no mercado consumidor para desenvolver o seu potencial, pois em função das questões ambientais a madeira nobre de nativas legalizada está cada vez mais cara e em quantidade menor no mercado, sendo que a madeira de teca jovem, além de sua qualidade e beleza é uma alternativa sustentável.

O eucalipto no Mato Grosso: As espécies de eucalipto no Mato Grosso tiveram seus plantios impulsionados pela necessidade de biomassa sustentável e barata para a geração de calor e vapor na secagem de grãos e frigoríficos. Hoje também é visto como ótima alternativa de investimento e já existem investimentos propondo uma gama maior para uso da madeira do eucalipto como carvão, mourão e postes tratados, serraria e com potencial de abastecer em matéria-prima indústrias de MDF. São necessário informações que orientem o “produtor florestal” sobre as melhores alternativas de espécies de eucalipto a ser plantado de acordo com o mercado pretendido, condições de clima e solo.

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