Comunicação

Webinário debate o desenvolvimento da cadeia do babaçu no Maranhão e no Piauí

Publicado em 03/09/2020 às 11:14

Dentre os produtos florestais não madeireiros oleaginosos, o babaçu apresenta o maior potencial econômico do pais

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O webinário “Bioeconomia da Floresta: Desafios e Oportunidades para o Desenvolvimento da Cadeia do Babaçu no Maranhão e no Piauí” foi realizado nesta quinta-feira (27). O encontro debateu desafios e oportunidades para a promoção da cadeia do babaçu, oportunidades de promoção e de crédito para a cadeia da sociobiodiversidade e oportunidades de compra e subvenção de produtos das cadeias da sociobiodiversidade.  

O evento foi promovido pelo Serviço Florestal Brasileiro e contou com a participação de representantes da Embrapa Cocais, da Cooperativa Central de Cerrado, da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Companhia de Abastecimento (Conab). 

O diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Valdir Colatto, destacou o babaçu, dentre os produtos da sociobiodiversidade, como o de maior potencial econômico da região.

“Sabemos da importância econômica e social para as comunidades que fazem o manejo do babaçu, como as quebradeiras de coco. Por isso, o Laboratório de Produtos Florestais pode ser um grande parceiro com as pesquisas já realizadas e as quem podem ser feitas. Nós temos que buscar meios que melhorem a vida dos povos que vivem da bioeconomia da floresta”, afirmou Colatto.

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Bioeconomia 

Colatto destacou ainda que “a bioeconomia está crescendo muito, mas precisa se organizar. As pesquisas devem agregar valor aos produtos e gerar mais renda aos produtores rurais”.

O diretor de pesquisa e Informação Florestal do SFB, Humberto Navarro, destacou que a produção de babaçu no Brasil é de 50 mil toneladas, sendo cerca de 93% produzido no Maranhão e 3%, no Piauí.  

“O babaçu é um produto florestal não madeireiro com grande potencial de exportação. O óleo da amêndoa, produzido nos estados do Maranhão e do Pará, é exportado para os Estados Unidos e para a Holanda. Esses dados foram levantados pelo Inventário Florestal Nacional e pelo Sistema Nacional de Informação”, informou Navarro.

Quebradeiras de coco

O pesquisador da Embrapa Cocais, José Mário Frazão, trabalha há muitos anos com a cadeia do babaçu e pondera que “a atividade econômica do babaçu ocorre em maior número nos estados do Maranhão, Piauí e Tocantins”.

“Atualmente, 117 mil toneladas de amêndoas envolvem o trabalho de 80 mil famílias e beneficiam nove indústrias de extração de óleo. O desafio que temos de enfrentar é melhorar o nível tecnológico no processo de inovação com soluções tecnológicas inclusivas, agregar valor aos subprodutos e melhorar a qualidade de vida e a renda das quebradeiras de coco. Vale ainda dizer que essas mulheres são responsáveis por manter as florestas de babaçu em pé”, defendeu o pesquisador.

A Gerente de Produtos da Sociobiodiversidade da Conab, Ianelli Loureiro, explicou como funciona a Política de Garantia de Preços Mínimos para Produtos da Sociobiodiversidade, específico para extrativistas. “É uma política antiga que tem o objetivo de pagar a diferença direto na conta corrente do produtor sempre que o preço de venda cair abaixo do preço mínimo. Somente entre 2017 a 2020, foram subvencionados 17 mil toneladas de amê2020 08 27 babacu 02ndoa de babaçu e a Conab pagou R$27,5 milhões para 9.882 extrativistas”, informou a gerente.

Webinários

O seminário “Bioeconomia da Floresta: Desafios e Oportunidades para o Desenvolvimento da Cadeia do Babaçu no Maranhão e no Piauí” foi o quinto de um total de 7 encontros virtuais, que visam estimular a atuação dos gestores dos municípios para promoção da bioeconomia da floresta, com o foco no fomento e no desenvolvimento da cadeia do produto nos estados produtores.

Os webinários têm como público alvo secretários municipais de Agricultura e de Meio Ambiente, prefeitos, técnicos extensionistas da Emater e de cooperativas e de consórcios públicos, pesquisadores, estudantes e público em geral. Todas as edições serão transmitidas pelo Serviço Florestal Brasileiro em seu canal do Youtube.

Fonte: http://www.florestal.gov.br/ultimas-noticias/1936-webinario-debate-o-desenvolvimento-da-cadeia-do-babacu-no-maranhao-e-no-piaui

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