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Consultor desmistifica o mercado internacional e as fontes de financiamento para projetos de florestas plantadas de Mato Grosso

Consultor desmistifica o mercado internacional e as fontes de financiamento  para projetos de florestas plantadas de Mato Grosso

Publicado por Pau e Prosa Comunicação. Foto: Bruno em 29/09/2015 às 10:43

 "São muitos os mitos que orbitam sobre o tema da inserção no mercado internacional e as fontes de financiamento". Essa é a opinião do consultor Sérgio Marangoni, que palestrou no "Florestar 2015 – 11° Encontro de Reflorestadores de Mato Grosso", promovido pela Associação de Reflorestadores de Mato Grosso (Arefloresta). Instabilidade do câmbio, riscos de inadimplência e alteração das legislações ambientais e comerciais são alguns dos fatores que impedem o produtor brasileiro de prospectar novos mercados, segundo o consultor. Marangoni elencou as agências de financiamento, fundos, bancos, organizações não governamentais e fontes federais de financiamento dispostos a apoiar projetos de florestas plantadas com foco na economia de baixo carbono e finalizou: "não basta ter apenas um bom produto, uma organização bem montada, mas, especialmente, é necessário buscar mercados que estejam demandando este produto. E se você agregar tecnologia a essa madeira bruta, você só tem a aumentar os ganhos de capital".

Já o tema "Tendências da tecnologia da produção florestal de mogno africano, pinho cuiabano e pau de balsa" promoveu um intenso debate sobre os desafios de produção e comercialização destas culturas no Estado. O painel contou com a coordenação do empresário Antônio Passos e a fala dos palestrantes José Juarez Faria (Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso), Marcelo Wiecheteck (pós-doutor pela Michigan State University) e Camila Braga (Confederação Nacional da Agricultura).

O pesquisador Marcelo apresentou os números da produção em Mato Grosso, seu potencial de crescimento e os gargalos do setor. Segundo o pesquisador, Mato Grosso conta, atualmente, em números aproximados, com 329 mil hectares de florestas plantadas, sendo que as principais culturas são a do Eucalipto (187 mil hectares) e Teca (80-85 mil hectares). Marcelo reafirmou o que foi dito incansáveis vezes ao longo de todo o evento: "a biomassa ainda é um grande potencial para os reflorestadores do Estado". Da mesma forma, apontou a insatisfação generalizada, de todos os setores do Estado, com os problemas de logística. De acordo com dados oficiais, Mato Grosso conta com apenas 28 mil quilômetros de rodovias (2,2% da malha viária do país), sendo que apenas 27% do total estão pavimentados.


Perspectivas para o setor

Os preços atuais do milho e do etanol fazem com que o etanol a base de milho seja uma excelente opção para se investir no Estado. Com isso, surge um enorme potencial para a cadeia florestal, pois a biomassa com origem em florestas plantadas de rápido crescimento é essencial para a agricultura. As usinas de cana-de-açúcar são capazes de gerar energia própria a partir da queima do bagaço. Já as usinas de milho dependem de outras fontes, como o cavaco e o capim. Aí reside o alto potencial para o setor de florestas plantadas - potencial este que vai depender da interlocução entre poder público e agentes do setor.

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